terça-feira, 31 de maio de 2011

Sexto fichamento de Genética.

Tratamento da Má Oclusão de Classe II com Extração
de Pré -Molares Superiores.


"A má oclusão de Classe II está presente em aproximadamente
40% (SILVA FILHO; FREITAS; CAVASSAN)
da população e, a sua correção representa um desafio
para os ortodontistas, visto que se diferem bastante no
que diz respeito à etiologia, diagnóstico e plano de tratamento,
segundo SILVA; FREITAS e CAVASSAN14 .
O plano de tratamento da má oclusão de Classe II
varia conforme a fase de crescimento que o paciente se
encontra e, em qual base óssea expressa a discrepância
ântero -posterior. Diversos mecanismos podem ser utilizados
para a correção desta má oclusão como: aparelhos
ortopédicos, distalizadores, elásticos intermaxilares de
Classe II, extrações de quatro pré -molares ou apenas
dois pré -molares superiores, extrações de segundos
molares e até mesmo cirurgias ortognáticas, em casos
extremos."

"Descrição do protocolo de tratamento
Embora a Ortodontia ainda persista em ser um especialidade de alta complexidade
exigindo de quem a exerce uma dedicação diária em busca de novos conhecimentos
técnicos e científicos, atualmente graças aos esforços de grandes pesquisadores esta
Ciência tem -se tornado muito compreendida. Assim como em outros protocolos de
tratamento, a má oclusão de Classe II significativa, com extrações de pré -molares superiores,
por meio da Filosofia MBT™, ficou assim definida e o sucesso deste tratamento
atribui -se ao cuidado com todas as fases do tratamento:
– sistemas de ancoragem,
– escolha do pré -molar a ser extraído,
– sistema de colagem de braquete,
– momento da extração,
– controle do trespasse horizontal entre os incisivos e,– versatilidade do aparelho ortodôntico MBT™."

“Sistema de Ancoragem: O tratamento ortodôntico desta má oclusão deve sempre necessitar de ancoragem
superior posterior, pois o erro intermaxilar (erro molar) normalmente é considerável
(4mm ou >). Assim torna -se explicável a necessidade da ancoragem superior posterior,
visto que os molares encontram -se significantemente mesializados, já estando praticamente
posicionados em sua posição de término do tratamento ortodôntico. Entretanto,
na extração de pré -molares somente superiores numa má oclusão de Classe II
menor que 4 mm, o tratamento ortodôntico deverá ser realizado com um sistema de
ancoragem mínima (recíproca). Sendo assim, parece ser mais indicado o tratamento
por meio de distalização, a não ser que a extração possua também indicação para
fechamento da mordida aberta anterior, por ação da retração dos dentes anteriores.”

“Escolha do pré -molar a ser extraído:Avaliando pela óptica do sistema de ancoragem, no tratamento da má oclusão Classe
II significativa com extrações de pré -molares superiores deve -se sempre optar pela
extração dos primeiros pré -molares. Esta manobra enfraquece a ancoragem dos dentes
anteriores, que necessitam de retração e, a presença dos segundos pré -molares fortalece
a ancoragem posterior, onde o movimento mesial dos molares deve ser controlado.
Concluí -se assim, que a escolha do pré -molar a ser extraído também é determinada
pelo sistema de ancoragem do tratamento ortodôntico.”


“Sistema de colagem de braquetes: Quando tratamos uma má oclusão de Classe II significativa e realizamos as extrações
dos primeiros pré -molares, devemos proceder da seguinte maneira o sistema de
colagem de braquetes. A altura dos braquetes é previamente determinada no ato do
planejamento ortodôntico e deve ser mantida sem alterações nos incisivos e nos caninos.
Entretanto, a altura da colagem no segundo pré -molar e nos molares, deve ser alterada.
Assim, a colagem do braquete do segundo pré -molar é realizada com a altura do
primeiro pré -molar. E a justificativa para este procedimento é a seguinte, quando não
houver mais o espaço da extração, os segundos pré -molares estarão em contato proximal
com os caninos e então, se comportarão como primeiros pré -molares. Os molares,
logicamente, também sofrerão alterações em seus sistemas de colagem de braquetes. O
primeiro molar terá a altura do braquete do segundo pré -molar e o segundo molar terá
a altura do braquete do primeiro molar. A explicação para estes procedimentos segue a
mesma orientação da relação do segundo pré -molar com o canino.
No entanto, quando realizamos o tratamento com extrações dos segundos pré-
-molares a alteração das alturas das colagens dos braquetes acontecerá somente para
os molares, pois no término do tratamento ortodôntico, o primeiro molar irá fazer
contato proximal com o primeiro pré -molar, então o primeiro molar receberá a altura
do braquete do segundo pré -molar e o segundo molar terá a altura do braquete do primeiro
molar10. As altura das colagens dos braquetes nos incisivos, caninos e primeiros
pré -molares deverão ser a mesma definidas no planejamento ortodôntico.”

“Momento da extração:Existe a possibilidade de realizar as extrações dos pré -molares no inicio do tratamento
bem como no final da fase de nivelamento, ou seja, no início da fase de fechamento
de espaços.

 Controle do trespasse
horizontal entre os incisivos:A mecânica realizada para o tratamento da má
oclusão de Classe II nos arcos retangulares com auxílio
dos elásticos intermaxilares, provoca retração dos incisivos
superiores, porém estes incisivos não devem perder
muita inclinação. Quando a inclinação dos incisivos
não é controlada o trespasse horizontal é consumido
impedindo a retração completa dos dentes anteriores
superiores. Assim, os incisivos superiores “tocam” nos
incisivos inferiores impedindo a retração dos dentes anteriores”.


“Versatilidade do aparelho
ortodôntico MBT™: Quando optamos pelo tratamento da
má oclusão de Classe II com extração de pré -molares
superiores temos que utilizar obrigatoriamente a versatilidade
porque o aparelho ortodôntico é idealizado para
terminar os tratamentos em Classe I, e como os molares
terminarão em Classe II, estes necessitam serem ajustados
para ficarem bem posicionados fora do padrão da
Classe I.
O aparelho MBTTM dispõe de duas versatilidade8
para este tipo de tratamento. Os caninos como
devem ser retraídos necessitam de um controle de
inclinação, para isto existem três possibilidades de torque
para os braquetes dos caninos superiores 0°, -7° e
+7°. A retração dos caninos produz uma perda de inclinação,
ou seja, uma tendência de inclinação lingual
e este efeito normalmente deve ser controlado. A outra
versatilidade diz respeito ao ajuste dos molares na Classe
II. Os molares superiores quando finalizados em Classe
II completa não devem apresentar angulação para distal
nem rotação. Os molares posicionados em Classe
I devem ter 5° de angulação e uma rotação de 10°. Os
molares terminados em Classe II completa devem ter 0°
de angulação, para ocluírem com o segundo pré -molar
inferior e evitar o contato prematuro das cúspides distais
com o primeiro molar inferior. O motivo da remoção da
rotação dos molares em Classe II é que com este procedimento
os molares ocupam mais espaço no arco dentário.
Para isto, deve -se na fase de detalhes e acabamento
trocar as bandas dos primeiros molares superiores pelos
tubos dos segundos molares inferiores, porém sempre do lado oposto, para manter a inclinação negativa.


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